Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
(...)
Fui educado pela Imaginação,
Viajei pela mão dela sempre,
Amei, odiei, falei,
E todos os dias têm essa janela por diante,
E todas as horas parecem minhas dessa maneira.
(...)
Meu ser elástico, mola, agulha, trepidação..."
Álvaro de Campos

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